Percebo que muitas pessoas tomam o mesmo café da manhã quase todos os dias. Seja o tradicional pão com manteiga, queijo, presunto e outros recheios usuais, ou omeletes e variações de iogurte e cereais.
Posso dizer que tenho um problema com café da manhã. Se começa a ficar repetitivo já me bate uma dificuldade e preciso procurar outras coisas. Minha origem nordeste/sudeste acaba por desejar alimentos típicos como tapiocas, pão de milho, pamonha, curau, bolos e o tradicional pão caseiro. Aos 18 anos, um dia qualquer, a minha irmã Nalva me ensinou a fazer sua receita. É provável que ela agora, lá em Portugal, já nem se lembre disso, assim como em um dia que estava com o braço impedido por uma cirurgia me ensinou os segredos de um bolo perfeito.
Decidida por variar o café da manhã, no ultimo domingo resolvi fazer o pão. Fazer pão basicamente consiste em amassar, amassar e esperar. Amassar é um ato solitário normalmente, o que acaba me levando a reflexões e devaneios. Desta vez, provavelmente me lembrando dos tempos de juventude onde exercemos variados tipos de trabalho para bancar nossa educação ou quem sabe pelo próprio ato físico de amassar, minhas reflexões se voltaram para o trabalho. Sobre o porquê de algumas pessoas simplesmente em condições adversas ou não, vão à luta e outras cruzam os braços e deixam a vida passar esperando que alguém resolva seus problemas. Não é só isso ou aquilo, tem outras situações mais complicadas, mas meu pensamento neste momento é que estava direcionado a estes dois tipos de pessoas. Na verdade mais direcionado aos que sentam e esperam. Porque não fazem nada? Talvez eles me perguntariam, porque se move tanto se no fim das contas as coisas sempre se resolvem de algum modo?
Se você espera algum tipo de resposta para as minha divagações ou se simplesmente acha que estou “navegando na maionese” é melhor ir direto para a receita do pão que diga-se de passagem ficou maravilhoso.
Mas, voltando à navegação, fiquei pensando na diferença entre o nada fazer e o comodismo. O comodismo para muitos, percebo, não é o ato de nada fazer. É sim, fazer sob um falso manto de preguiça ou por um conjunto de inações convenientes obter um resultado provindo da ação de outros.
Não me perguntem o porquê de tudo isso. Vamos trabalhar, seguir em frente em busca de nossos sonhos e fazer o pão nosso de cada dia.
INGREDIENTES:
- 3 ovos
- 1/2 xícara de óleo
- 1 xícara de leite morno
- 1/2 xícara de água
- 1 pitada de sal
- 7 colheres (sopa) de açúcar
- 60 gramas ou 4 tabletes de fermento biológico fresco
- 1 kl (aproximadamente)de farinha de trigo branca especial.
PREPARO
Misture o leite morno. a água e o fermento em uma tigela grande. O leite deve estar a aproximadamente 36 graus. Coloque o dedo dentro, não pode estar quente senão impede a fermentação. Coloque 5 colheres (sopa) de farinha e mexa formando um mingauzinho, Cubra com um pano e deixe descansar por uns 20 minutos. Após isso, a mistura estará inchada, acrescente os demais ingredientes deixando a farinha por ultimo. Vá colocando a farinha aos poucos e mexendo até não ser possível com a colher. Espalhe um pouco de farinha em uma superfície lisa, coloque a massa e amasse com as mãos incorporando a farinha até que a massa esteja maleável, lisa e soltando das mãos. Vai um pouquinho mais de 1 kl. Cuidado para não colocar farinha demais ou o seu pão ficará seco.
Cubra e deixe descansar por meia hora. Corte a massa em pedaços e modele da forma que desejar. Deixe descansar em um ambiente onde não haja vento até que dobre de volume. Gosto de usar o forno desligado para isso.
Pré-aqueça o forno a 180 graus e asse os pães até que estejam dourados.
Opcionalmente gosto de fazer uma caldinha de açúcar para pincelar sobre os pães depois de assados. 2 colheres de açúcar e 2 colheres de água, ferva e passe com um pincel. Eu faço sempre.